Uma determinada loja vende cerca de 50 camisetas por dia para pelo menos 40 clientes diferentes e, desses 40, 50% pagam com cartão de crédito, 25% pagam no débito, 20% pagam no dinheiro e 5% pagam no crediário da loja. Essa mesma loja vendeu em um dia 10 camisetas vermelhas, 5 azuis, 15 listradas e 20 pretas. Das 20 camisetas pretas, 5 delas tiveram desconto de 10% pelo pagamento à vista, mas duas delas tiveram acréscimo devido a venda pelo crediário. Será que compensa para o dono da loja comprar 20% a mais de camisetas pretas na próxima reposição de estoque?
Pareceu simples pra você entender isso? Então agora reflita sobre a venda dessa loja durante um ano inteiro. Pareceu difícil não é mesmo? Agora imagine uma empresa que trabalha com mais de 10 mil tipos de produtos diferentes e que está no mercado há 20 anos pelo menos. São vários fornecedores, inúmeros clientes cadastrados e um valor financeiro incalculável que entra e sai todos os dias.
Espera aí… incalculável?
Não! Empresas bem preparadas sempre estão atualizadas e tem um Big Data para ajudar, é a solução dos seus problemas. Big Data é o termo que se refere a um grande conjunto de dados armazenados, esses dados podem ser grandes demais ou tão complexos que os aplicativos de processamento de dados tradicionais não conseguem lidar.
Se pararmos para pensar em mega empresas como a Microsoft, Visa, Coca-Cola, entre outras, não conseguiríamos colocar no papel todas as suas atividades ao redor do mundo durante um único dia. Por isso essas empresas precisam acessar seus dados com velocidade, variedade, valor, veracidade e volume, que são conhecidos como os 5 V’s que o Big Data se baseia.
Resumido ao máximo o conceito, Big Data é a quantidade enorme de informações nos servidores de bancos de dados (Microsoft SQL Server, Oracle, etc.) que funcionam dentro de diversos servidores de rede de computadores (Intel, HP, IBM, Dell, etc.) utilizando um sistema operacional de rede (Windows Server 2012, Red Hat Linux, etc.), interligados entre si, que hoje em dia funcionam dentro de um sistema operacional Cloud Computing (Amazon, Microsoft Azure, etc.), cujas informações são acessadas pela internet por pessoas utilizando um computador comum ou smartphone, para ler essas informações ou para incluir mais informações dentro do banco de dados.
Mas eu tenho uma Micro-Empresa!
Mesmo um pequeno negócio gera muitos dados durante todo seu tempo de existência. Funcionários que vem e vão, RH movimentado, contabilidade mudando o tempo todo, o sistema tributário variável, pilhas e pilhas de papel se esfarelando com o tempo, e o seu Data Center pode não dar mais conta do recado. Mesmo que seja considerado grande para um ano, o Big Data pode se tornar usual nos anos seguintes, e com isso o volume dos dados armazenados ou acessados são muito importantes para se considerar.
A maior precisão nos dados pode levar a tomar decisões com mais confiança. As melhores decisões podem significar uma enorme eficiência operacional, redução de riscos e até de custos. Imagine achar a causa raiz de falhas, problemas e defeitos em tempo real; Criar promoções com base nos hábitos de compra dos clientes; Recalcular carteiras de risco em poucos minutos; Detectar fraudes comportamentais antes de afetar a organização de sua empresa, etc.
Num mundo em que mais e mais fabricantes estão trabalhando sob uma cultura baseada em análise de dados, eles aumentam a qualidade de produção e passam a ter menos desperdício, resolvem problemas mais rapidamente e decidem de forma mais ágil as negociações. É fato que isso é fundamental no mercado altamente competitivo de hoje em dia, sem contar que é preciosa a construção de relacionamento com o cliente no setor de varejo, por exemplo, e o Big Data é o melhor meio de gerenciar esta relação. Varejistas precisam saber como vender melhor aos seus clientes, maneira mais eficaz de lidar com todas as transações e aumentar estrategicamente as negociações do cotidiano. Com o Big Data, que é o coração de todas essas operações, é fácil criar um diferencial que resulte em lucro.
“É importante lembrar que o valor principal de Big Data não vem dos dados em sua forma bruta, mas do processamento e análise destes dados e os insights, produtos e serviços que surgem desta análise. As mudanças radicais nas tecnologias e abordagens de gerenciamento de Big Data devem ser acompanhadas, de forma semelhante, por mudanças dramáticas na forma como os dados suportam decisões e geram inovação de produtos e serviços.” – Thomas H. Davenport