DRONES – Uma ameaça que vem do céu? Ou seria o sucesso?

Um deles poderia estar observando você neste exato momento, sem ser percebido! Os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), mais conhecidos como drones, já eram bem populares no mundo do aeromodelismo e ganharam fama mundial com o crescente uso pelos militares. O governo dos Estados Unidos vem cada vez mais usando esse tipo de veículo em ataques contra supostas ameaças à segurança nacional norte-americana. Mesmo com fama de pacifista, o ex-presidente Barack Obama usou oito vezes mais drones de ataque, os chamados predadores, do que seu antecessor Bush. E o atual, Donald Trump, mostra-se ainda mais disposto a dar demonstrações de força contra os inimigos.

O drone apresenta uma série de vantagens sobre os tradicionais aviões tripulados. São menores, mais discretos e, portanto, excelentes para espionagem e mais difíceis de serem localizados e contra-atacados. Por serem operados de forma remota, não oferecem risco de vida aos pilotos.

 

 

As primeiras tentativas de criar aeronaves não tripuladas para uso militar surgiram depois da Segunda Guerra Mundial. Estima-se que o primeiro drone como é conhecido hoje date de 1973, mas que o seu uso militar efetivo tenha iniciado em 2001, durante a invasão norte-americana ao Afeganistão. Desde então, os drones vêm ganhando cada vez mais destaque como o principal instrumento da guerra moderna! Alguns desses aparelhos podem matar com mais rapidez e precisão do que um atirador de elite e, por esse motivo, o uso crescente dos VANTs vem sofrendo muitas críticas de entidades como a Anistia Internacional por violações ao Direito Internacional.

O professor da universidade de Berkeley na Califórnia, Stuart Russell, criou 1 vídeo viral de apresentação dos “Slaughterbots” (bots de massacre). Conforme Russell, eles são drones que funcionam de forma autônoma para destruir alvos humanos pré-selecionados. A tecnologia foi apresentada durante a Convenção das Nações Unidas sobre Armas Convencionais em Genebra, na Suíça. O vídeo é parte de uma campanha para banir armas que funcionam sem o controle de um ser humano.

USO PACÍFICO

Mas o uso não militar dos drones também é cada vez maior. Eles vêm sendo explorados das mais variadas formas, desde filmagem de casamentos, shows e eventos esportivos, na agricultura ou até mesmo serviços de tele-entrega.  Um estudo da Associação Internacional de Sistemas de Veículos Não Tripulados estima que até 2025 o setor deverá gerar mais de 100 mil novos empregos.

Recentemente, a ANAC – Agência Nacional de Aviação Comercial – aprovou uma regulamentação para a utilização civil desses equipamentos. Um drone não poderá chegar a menos de 30 metros de distância (horizontal) de pessoas que não tenham dado autorização, a não ser em operações de segurança pública ou defesa civil. Com isso, fica inviável o uso comercial ou recreativo que envolva sobrevoar a cidade, por exemplo serviços de entrega. Mas os aparelhos poderão fazer filmagens em eventos desde que o público participante dê autorização, por exemplo, durante a venda dos ingressos. O objetivo principal da medida seria garantir a segurança da população.

EXIGÊNCIAS RÍGIDAS

Com a entrada em vigor da nova regulamentação, todos os equipamentos desse tipo com mais de 25 gramas deverão ser cadastrados na ANAC, seja para uso recreativo ou comercial. Os drones passam a ser divididos em três classes, conforme o peso: aparelhos com mais de 150 quilos sofrem as mesmas exigências de certificação que aeronaves tripuladas e precisam estar cadastradas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB); aqueles entre 25 e 150 quilos precisam atender a uma série de requisitos técnicos. Em ambos os casos, o operador do controle remoto deve ter idade mínima de 18 anos, certificado médico, licença e habilitação; de 25 a 250 gramas, basta estar cadastrado na ANAC. Somente aeronaves com menos de 25 gramas estão isentas de exigências pois o potencial para causar danos é mínimo.

RIQUEZA DE POSSIBILIDADES

Apesar das restrições, não há dúvida de que os drones têm muito potencial para exploração comercial. Há equipamentos para quase todos os tamanhos de bolso, os mais baratos podem sair por menos de R$ 300,00. Também há um número crescente de cursos de habilitação.

Alguns setores se destacam entre os mais promissores:

  • Vista aérea de empreendimentos imobiliários – Principalmente para imóveis de alto valor. Poder mostrar uma bela imagem aérea do imóvel pode ser um grande diferencial para a imobiliária.
  • Filmagem aérea de casamentos e eventos – Uma febre mundial!
  • Inspeção e monitoramento – O drone oferece ângulos privilegiados para observação do estado e andamento de empreendimentos, como obras da construção civil.
  • Engenharia Agrônoma e Ambiental – Utilizado para medição de terrenos.
  • Canais do YouTube – Os drones têm grande potencial no ramo do entretenimento. Com a proliferação de canais para os mais variados gostos, a possibilidade de imagens espetaculares produzidas no ar pode trazer muitos seguidores!

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